É possível expressar vetores algebricamente em função de outros vetores e números reais. Essa relação segue a seguinte definição:
Dados dois vetores quaisquer e não paralelos, para cada vetor representado no mesmo plano de e existe uma só dupla de número reais e tal que

Quando um vetor é expresso dessa forma, dizemos que é combinação linear de e .
O conjunto ordenado dos dois vetores é chamado de base no plano. Os números e são chamados de componentes ou coordenadas de na base .
Para explicitar a base e as coordenadas, podemos representar como

Quando se trata de bases, as mais comuns na prática são as ortonormais (compostas por vetores ortogonais e unitários). A base ortogonal mais utilizada é a que determina o famoso sistema cartesiano ortogonal.

Essa base é chamada de canônica. Trabalhar na base canônica simplifica as coisas, pois cada ponto corresponde ao vetor
Aqui as coisas começam a ficar mais familiares pelo fato de estarmos trabalhando em um plano definido e conhecido.
Dado um vetor , existe uma só dupla de números e tal que

Sendo assim, podemos representar o vetor como

Os componentes de na base canônica são chamados de abcissa () e ordenada (). O par desses componentes é chamado de expressão analítica de . Como a base canônica dispensa referência, podemos dizer que:
Um vetor no plano é um par ordenado de números reais.

Igualdade de vetores

Dois vetores e são iguais, se e somente se e .

Operações com vetores

Sejam os vetores e , com temos as seguintes operações:

Vetor definido por dois pontos

Dado um vetor de origem no ponto e extremidade em , podemos definir como

Um exemplo dessa definição é dado na figura a seguir:

Onde .

Representante natural

Considerando a base canônica, um vetor tem infinitos representantes. Dentre todos os representantes de um vetor aquele que “melhor o caracteriza” é aquele que tem origem no ponto e extremidade no ponto . Esse vetor é chamado de vetor posição ou representante natural de .

Ponto médio

Dado um segmento de extremos e , o ponto médio de é dado por

Paralelismo de dois vetores

Dois vetores são paralelos quando suas componentes forem proporcionais, ou seja: se dois vetores e são paralelos, existe um número real tal que . Esse número é dado por

Módulo de um vetor

Seja o vetor , pelo teorema de Pitágoras é possível afirmar que:

Com base nisso, podemos inferir que a distância entre dois pontos e , ou seja, o comprimento do vetor é dado por:

Vetor unitário

Dado um vetor , é possível associa-lo a dois vetores unitários paralelos: e

Vetores no espaço

Trabalhando com espaço podemos considerar a base canônica . Essa base determina o sistema cartesiano ortogonal composto por três vetores unitários e ortogonais entre si com origem no ponto .

Nesse caso os componentes de na base canônica são chamados de abcissa (), ordenada () e cota (). Cada par de vetores da base, ou seja, cada dupla de eixos determina um plano coordenado. Sendo assim temos três planos coordenados: , e .

A intersecção desses planos divide o espaço em oito regiões denominadas octantes.

Assim como no plano de duas dimensões, cada ponto corresponde ao vetor , ou seja, podemos expressar um vetor da seguinte forma , que é a expressão analítica de .
Todas as definições válidas para o plano são análogas às do espaço, porém é necessário considerar o eixo em todas elas.

  • Dois vetores e são iguais se e somente se
  • Sejam e dois pontos no espaço, então
  • Se e são pontos extremos de um segmento, o ponto médio de é
  • O módulo do vetor é dado por