Os testes de hipóteses são muito usados na prática, pois nos permitem colocar à prova uma hipótese e verificar se ela é válida ou não. De maneira geral essas hipóteses são afirmações acerca do valor de algum parâmetro populacional.
Trabalhamos sempre com duas hipóteses, a hipótese nula e a hipótese alternativa . Caso a hipótese seja rejeitada, aceitamos como verdadeira a hipótese .

Teste de hipóteses
Dado um espaço de probabilidade associado a um experimento aleatório. Seja uma amostra aleatória da variável aleatória que representa uma característica observável da população . Chamamos de teste de hipóteses a função de decisão , em que corresponde à ação de considerar a hipótese como verdadeira e corresponde à ação de considerar a hipótese como verdadeira.

Note que a função de decisão divide o conjunto associado à amostra aleatória em dois conjuntos:

e

Ou seja, essa função divide as amostras possíveis em amostras que geram a aceitação da hipótese e amostras que geram a aceitação da hipótese . Chamamos de região de aceitação, e de região de rejeição, ou região crítica.

Note que, pela natureza do teste de hipótese, a veracidade da hipótese nunca pode ser verificada (pois isso implica em verificar todas as amostras possíveis de uma determinada população). Portanto, é necessário utilizar técnicas que minimizem as chances de se cometer erros no processo de decisão.

Erro do tipo e do tipo
Dado um espaço de probabilidade associado a um experimento aleatório. Seja uma amostra aleatória da variável aleatória que representa uma característica observável da população de forma que sua função de distribuição (ou densidade de probabilidade) é (ou ), em que é um parâmetro populacional desconhecido. Suponha que desejamos testar a hipótese contra a hipótese alternativa , em que é um valor fixado e defina como sendo a região crítica do teste.

  • O erro do tipo é o erro que cometemos quando rejeitamos a hipótese nula quando ele é verdadeira. Indicamos por a probabilidade de cometer esse erro, ou seja
  • O erro do tipo é o erro que cometemos quando não rejeitamos a hipótese nula quando ela é falsa. Indicamos por a probabilidade de cometer esse erro, ou seja

A mesma definição vale para as hipóteses alternativas unilaterais e , e para a hipótese alternativa simples . Nesses casos, a probabilidade do erro tipo é dada por

Procedimento geral de um teste de hipóteses

  1. Fixe a hipótese nula e a hipóteses alternativa .
  2. Use a teoria estatística para determinar a estatística apropriada para o teste.
  3. Escolha um nível de significância (probabilidade de erro do tipo ) e utilize este valor para construir a região crítica do teste com base na estatística de teste determinada.
  4. Use as observações da amostra coletada para calcular o valor da estatística de teste.
  5. Se o valor da estatística de teste calculado com a amostra observada pertencer à região crítica, rejeite a hipótese nula ; caso contrário, não rejeite a hipótese nula .
  6. Reporte sua decisão no contexto do problema