O modelo EER estende a capacidade de representação do Modelo Entidade-Relacionamento tradicional, introduzindo novos conceitos de modelos de dados semânticos. Os conceitos introduzidos nesse modelo são, principalmente, os de subclasse e superclasse, especialização e generalização, categoria e herança.
Subclasses e superclasses
Subclasses (subtipos de entidade) são subagrupamentos de um tipo de entidade. Muitas vezes, um tipo de entidade pode conter diversos subtipos em seu conjunto que precisam ser distinguidos e representados explicitamente, isso pode ser feito através das subclasses. Analogamente, o tipo de entidade do qual uma subclasse é especificada é chamada de superclasse para cada uma das subclasses derivadas.
Note que uma entidade-membro da subclasse representa a mesma entidade de algum membro da superclasse, ou seja, toda entidade de uma subclasse também é entidade da superclasse, mas adota um papel específico para a subclasse.
Vale destacar que uma subclasse deve herdar todos os atributos e tipos de relacionamentos da superclasse. Apesar disso, uma subclasse pode definir atributos e relacionamentos específicos além dos herdados da superclasse.
Especialização e generalização
A especialização é o processo de derivar subclasses de uma superclasse. A ideia é tomar alguma característica da superclasse como base para a distinção e definição das subclasses. Já a generalização é o processo inverso da especialização, consistindo em, dados vários tipos de entidade, generaliza-las em uma única superclasse da qual os tipos de entidade são subclasses.
É possível definir condições nas especializações para determinar exatamente quais entidades se tornam membros de cada subclasse. Essas condições são especificadas sobre o valor de algum atributo da superclasse. Subclasses definidas através desse tipo de condição são chamadas de subclasses definidas por predicado.
Quando não há nenhuma condição para determinar os membros de uma subclasse, diz-se que esta é definida pelo usuário. Dessa forma, cabe aos usuários do banco de dados determinar manualmente a subclasse no momento da inserção.
É possível ainda a definição da chamada restrição de disjunção, que especifica que as subclasses da especialização devem ser disjuntas, ou seja, uma entidade pode ser membro de no máximo uma subclasse da especialização. Note que uma especialização definida por um atributo de valor único implica a restrição de disjunção.
Outra restrição possível é a restrição de completude total ou parcial. Uma restrição de especialização total define que toda entidade da superclasse deve ser um membro de pelo menos uma subclasse da especialização. Já uma especialização parcial permite que uma entidade não pertença a qualquer uma das subclasses.
Uniões
Em determinados casos pode ser necessário representar uma coleção de entidades a partir de diferentes tipos de entidades. Nesse caso, a subclasse representa uma coleção de entidades que é o subconjunto da união de entidades de tipos distintos. Esse tipo de subclasse é chamada de tipo de união ou categoria.
No exemplo acima, uma entidade membro de PROPRIETARIO deve existir em apenas uma das superclasses, ou seja, um proprietário é uma pessoa ou um banco ou uma empresa.