O indutivismo é uma concepção de ciência que considera que todo conhecimento científico tem origem na observação e na experiência. Ele tem sua base no raciocínio indutivo.
Há alguns pressupostos no indutivismo quanto à natureza dos dados coletados empiricamente:

  1. O observador deve ser capaz de registrar fielmente aquilo que detecta com seus sentidos.
  2. O registro obtido deve ser inteiramente objetivo e livre de preconceitos.

Para o indutivista, é legítimo generalizar, ou seja, a partir de uma quantidade finita de proposições singulares criar uma lei universal que valha para todos os casos.
Existem algumas condições para que um raciocínio seja legítimo na visão indutivista:

  1. O número de proposições que forma a base de uma generalização deve ser grande.
  2. As observações devem ser repetidas sob uma ampla variedade de condições.
  3. Nenhuma proposição de observação deve conflitar com a lei universal que se deriva dela.

Uma vez derivada uma teoria ou lei a partir da indução, há ainda o processo de dedução, que consiste em explicar e prever fenômenos. O raciocínio dedutivo se baseia na ideia básica de argumento lógico, no qual se todas as premissas são verdadeiras, então a conclusão também deve ser verdadeira.
O indutivismo ingênuo considera que a experiência é capaz de garantir a veracidade das premissas, ou seja, das leis e teorias científicas. Com base nisso podemos então extrair dessas premissas novas previsões e explicações para eventos através da dedução.
É possível perceber que, apesar de ser um método objetivo e livre de preconceitos ou análises subjetivas, o indutivismo tem uma fundação questionável principalmente no que toca à derivação de teorias através da generalização de observações empíricas. É justamente essa fundação questionável a razão do indutivismo ter sido duramente criticado tanto por Karl Popper quanto por Thomas Kuhn.